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Liderando a classificação desde a terceira etapa e dispondo de uma vantagem de quase 29 minutos para os seus mais diretos perseguidores à entrada para a última etapa, Carlos Sousa e Miguel Ramalho foram hoje surpreendidos por uma princípio de incêndio no seu Great Wall que obrigou a dupla portuguesa a abandonar o Grande Rali da China a apenas 100 km da meta. Um final verdadeiramente inglório para a equipa que em janeiro de 2014 regressará ao rali Dakar para defender, pelo terceiro ano consecutivo, as cores do maior fabricante automóvel da China.

Aquela que prometia ser a etapa de consagração para Carlos Sousa e Miguel Ramalho transformou-se, afinal, num verdadeiro pesadelo para dupla portuguesa da Great Wall, que desde a terceira etapa liderava folgadamente a primeira edição do Grande Rali da China…

Com 28m16s de vantagem na classificação para o seu colega de equipa da Great, o chinês Zhou Yong, o piloto português parecia ter a sua corrida perfeitamente controlada, tanto mais que prometia adotar um andamento cauteloso nos últimos 246 km cronometrados, precisamente para se colocar a salvo de qualquer imprevisto mecânico.

Contudo, e de forma totalmente inglória, o “azar bateu à porta” de Carlos Sousa na 13ª e última etapa do Grande Rali da China, depois de um curto-circuito, a 100 km do final, desligar o carro e precipitar um princípio de incêndio que destruiu por completo a instalação elétrica do SUV Haval

“Foi um final frustrante! De um momento para o outro, o carro desligou-se e, apesar de todas as nossas tentativas, não mais conseguimos voltar a ligá-lo. A instalação elétrica ficou destruída na sequência de um curto-circuito cuja origem ainda desconhecemos. Nem mesmo a equipa de assistência rápida foi capaz de solucionar o problema, uma vez que o cabo elétrico que alimenta os injetores ficou queimado, impedindo o carro de voltar a funcionar”, explicou, desolado, Carlos Sousa.

“Estivemos cerca de duas horas junto ao carro a fazer todo o tipo de experiências, mas nada resultou. Depois de tantos quilómetros e de tanto esforço, não merecíamos este desfecho. Mas as corridas são mesmo assim e, mesmo apesar desta inglória desistência, a participação nesta prova revelou-se uma experiência fantástica, quer pela beleza das etapas e paisagens que aqui encontrámos, quer pelas importantes conclusões que retirámos em termos de afinações, nomeadamente ao nível das novas suspensões e da nova gestão eletrónica do motor. Nesse capítulo, acho que podemos encarar o próximo Dakar com renovado otimismo”, destacou o piloto português, vencedor de 7 etapas do Grande Rali da China.

Mas Carlos Sousa leva ainda outras certezas desta sua primeira experiência em solo asiático: “Depois das várias conversas que fui tendo com os responsáveis da Great Wall, ficou praticamente assente que este projeto vai ter continuidade para lá do Dakar 2014 e que a equipa está determinada em realizar um grande investimento nesta modalidade, que está a ter cada vez maior popularidade e projeção aqui na China. Enfim, são boas notícias que deverão ser confirmadas e divulgadas muito em breve pela Great Wall”, concluiu Carlos Sousa, que hoje mesmo iniciou a sua viagem de regresso a Portugal.

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