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  • Emoções fortes, entre 1 e 3 de novembro, em Vila Nova de Gaia e Barcelos

A quarta edição do RallySpirit está prestes a ir para a estrada e com sucesso garantido, ou não estivessem inscritas 100 equipas, muitas das quais internacionais! Uma realidade que acaba por confirmar a afirmação da prova no panorama internacional dos Rally-Legends. O conceituado piloto francês François Delecour é o cabeça de cartaz, ele que inscreveu o seu nome, por quatro vezes, na restrita lista de vencedores de uma prova do Campeonato do Mundo de Ralis. Entre outros automóveis lendários, um Ford RS200 (um dos saudosos Grupo B dos anos 80) também enriquece a lista de participantes. Ou seja, o RallySpririt é uma prova ímpar no automobilismo nacional, por reunir pilotos de excelência e automóveis históricos dos ralis mundiais, em constante luta contra o cronómetro! Tudo isto para ver e viver, com muita adrenalina, de 1 e 3 de novembro, entre Vila Nova de Gaia e Barcelos…

Qual é o segredo do sucesso? Não há, já se sabe, uma fórmula mágica! Mas quando se trata do RallySpirit Altronix, o apelo à adrenalina, as emoções fortes e o colorido único proporcionado pelo vislumbre de automóveis icónicos que escreveram importantes páginas na história dos ralis mundiais, como se de um “museu vivo” se tratasse, são um carimbo no passaporte do êxito.

Nascido no contexto dos “rally-legend” que emergem por toda a Europa, o RallySpirit Altronix volta, em 2018, a afirmar-se como um evento que ultrapassa a mística de um simples rali e se transforma numa das maiores festas do automobilismo, capaz de, pela originalidade e envolvência, atrair muito mais do que os indefetíveis apaixonados pelo desporto automóvel.

Aliás, o evento que se disputará, entre 1 e 3 de novembro e que terá como base as cidades de Vila Nova de Gaia e, em estreia, Barcelos, começa já a marcar pontos no mapa europeu deste tipo de provas. Isso depreende-se pela presença de mais de 20 equipas internacionais, entre as mais de 100 que muito prometem animar todos os pontos de passagem da caravana, seja nas cerimónias de partida e de chegada, nos reagrupamentos ou nas classificativas ou super-especiais cronometradas, que, no final, ditarão o desfecho competitivo da prova.

Se, nas duas últimas edições do RallySpirit, Miki Biasion e Ari Vatanen foram os cabeças de cartaz, este ano, a estrela mais cintilante será o francês François Delecour, que pilotará um espetacular Ford Sierra Cosworth 4×4, igual ao que escreveu algumas das melhores páginas da sua carreira.

Conhecido pela forte personalidade, desconcertante garra e enorme talento, sempre que tem um volante nas mãos (como provam, de resto, as 4 vitórias, 19 pódios e 214 triunfos em provas especiais no Campeonato do Mundo de Ralis, a que junta ainda um título mundial na categoria “FIA RGT CUP”), o gaulês afirma-se muito motivado e entusiasmado neste regresso a Portugal: “É bom voltar a este país, onde sou sempre bem-recebido e onde os adeptos portugueses são sempre incansáveis no apoio que prestam. Por outro lado, voltar a guiar o Ford Sierra Cosworth 4×4 será como viajar no tempo e, certamente, um enorme prazer, que tentarei transformar em espetáculo, para gáudio dos muitos espectadores que espero assistam à prova”.

Mas a quarta edição RallySpirit Altronix está longe de viver apenas da popularidade do francês que, em 1993, venceu o Rali de Portugal. Pilotos de reconhecido valor estão aptos para integrar a “foto de família” da prova e disputarem, entre si, os melhores tempos contra o cronómetro. Nomes como Rui Madeira (Campeão do Mundo de Ralis de Grupo N), Adruzilo Lopes (Tricampeão Nacional de Ralis), Vítor Pascoal (Campeão Nacional de Ralis RGT) ou o de anteriores vencedores da prova, como Eduardo Veiga, Pedro Leal, Valter Gomes ou Paulo Azevedo, são a confirmação de que o rali está recheado de nomes consagrados do meio automobilístico.

E se a qualidade dos pilotos é uma peça fundamental no xadrez do sucesso do evento, o valor histórico das máquinas presentes só reforça o espetáculo, mas também o prestígio que o RallySpirit logrou alcançar em apenas quatro edições. A presença de um raro (só foram fabricadas 200 unidades), e digno representante da geração de ouro da história do Campeonato do Mundo de Ralis, como o Ford RS200 (que 32 anos depois voltará a disputar um rali em Portugal), é motivo mais do que suficiente para justificar a presença de milhares de espectadores portugueses, mas também espanhóis.

Ao lado deste incontornável “monstro” de Grupo B, outras glórias, como o Alpine-Renault A110, o Fiat 131 Abarth, o Renault 5 Turbo, o Porsche 911, o Ford Escort ou os mais recentes Lancia Delta Integrale e Toyota Celica GT-Four, só para referir os mais simbólicos, permitirão viajar na “máquina do tempo”. No fundo, um revisitar de memórias dos ralis do passado, mas um confronto igualmente com o presente, uma vez que o rali também conta com a participação de contemporâneos como o Porsche 997 GT3 ou o Skoda Fabia S2000, num saudável e animado “conflito de gerações”.

Sob a chancela organizativa da Xikane e comando técnico do Clube Automóvel de Santo Tirso, não faltam, portanto, motivos para que o RallySpirit continue a crescer em termos de popularidade, até porque o programa de três dias, com 10 classificativas de asfalto disputadas ao cronómetro, apresenta opções para todos os gostos.

As emoções começam no feriado de dia 1 de novembro (quinta-feira), no deslumbrante cenário do cais de Gaia, com a Cerimónia Simbólica de Partida noturna a prometer aquecer, desde logo, o ambiente e concentrar uma vasta multidão de entusiastas.

Mas é para o dia seguinte que ficam reservados as primeiras “hostilidades” competitivas, já com o cronómetro ligado, com a disputa da dupla passagem pela classificativa da “Franqueira” (4,70 km) e ainda a realização da “Super Especial Barcelos” (1,60 km), no coração da cidade (Campo da Feira), que, permitirá ficar a saber quem “cantará de Galo” no final do primeiro dia de competição.

No sábado, dia decisivo e de atribuição de vencedores, o rali regressará às origens, com a realização de mais sete seletivos troços cronometrados, com passagens repetidas pelas especiais de “Coronado” (5,37 km) e “Assunção” (4,40 km) e “S. Tomé de Negrelos” (7,30 km), intermediadas pela Super Especial de Gaia (1,20 km), que, desenhada no Quartel da Serra do Pilar, promete um fantástico espetáculo… dentro do espetáculo, e com acesso livre!

Antecipando o êxito do evento, Pedro Ortigão, responsável da organização, refere que “apesar desta ser apenas a quarta edição do RallySpirit Altronix, a verdade é que já estamos a trabalhar numa base bastante sólida. Para além do trabalho que temos desenvolvido, só o carinho que os pilotos nacionais já têm pela prova e a notoriedade que o evento tem conquistado internacionalmente justificam o crescimento, nomeadamente, no número de equipas estrangeiras presentes. Não tenho dúvidas que a edição deste ano será mais um passo em frente no RallySpirit, permitindo-nos assim estar a criar boas condições para conquistar futuramente os tão desejados Grupos B, assumindo portanto que esse é o nosso principal objectivo! Será acima de tudo uma excelente festa, só possível de montar com o apoio de todos, merecendo um agradecimento especial os Municípios de Gaia e de Barcelos, os patrocinadores e parceiros, os pilotos e muito naturalmente o público.”

Agora, a pouco mais de uma semana do arranque do RallySpirit Altronix 2018, só resta mesmo controlar os níveis de ansiedade até ao início da prova, que promete ser, ontem como hoje, memorável.

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