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João Pereira, Miguel Arraiolos e Melanie Santos regressaram hoje após 6 semanas de digressão competitiva

João Pereira, Miguel Arraiolos e Melanie Santos aterraram hoje à noite no aeroporto da Portela, acompanhados do treinador da federação de riatlo de Portugal, Lino Barruncho, após uma digressão de treino e competição que os levou pelos Emirados Árabes Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Duas etapas da World Triathlon Series, duas etapas da Taça do Mundo e muito trabalho na base australiana de Noosa, com um balanço unanimemente positivo.

Para João Pereira, o objectivo principal, de trabalhar para testar soluções que lhe permitam pensar num bom resultado nos Jogos Olímpicos foi cumprido na plenitude. Com uma medalha de bronze na Taça do Mundo de Mooloolaba como um “efeito colateral” bem vindo:

“Diria que foram seis semanas muito positivas. Trabalhámos duro e mesmo que os resultados competitivos não fossem excelentes, consegui fazer aquilo a que me tinha proposto: treinei com adversários directos no circuito, competi sem pressão e fiz experiências, de treino e alimentação, que me vão ajudar a perspectivar a fórmula certa para os Jogos Olímpicos.”

Miguel Arraiolos teve alguma infelicidade nos resultados, tendo mesmo desistido na WTS da Gold Coast, última prova deste “tour” pela Austrália, mas não lança a toalha ao chão e já pensa na etapa da WTS de Cape Town [África do Sul], daqui a duas semanas:

“As coisas não correram da melhor forma em termos de resultados mas, de resto, valeu bem a pena. Trabalhámos de uma forma que não teria sido possível em Portugal. É certo que perdi alguns lugares no ‘ranking’ e já não estou tão confortável, mas vou voltar forte para a prova da África do Sul.”

Melanie Santos foi a que mais ganhou do ponto de vista de resultados, tendo evoluído positivamente na classificação de todas as provas em que participou, culminando num 11º lugar na WTS da Gold Coast que a coloca um pouco mais perto dos Jogos Olímpicos do Rio.

“Eu tive um pouco mais sorte nos resultados, e sim, o sonho dos Jogos está sempre presente, mas com os pés bem assentes na terra pois uma qualificação olímpica não é fácil.”

O treinador deste trio nacional, Lino Barruncho não poupa elogios a Melanie, mas impõe cautela:

“Encontrámos as dificuldades esperadas, toda a gente muito focada nos Jogos e muita gente a tentar o tudo por tudo para estar presente no Rio. A Melanie era a que precisava mais de resultados e correspondeu da melhor maneira. Fez tudo o que lhe pedimos e os resultados apareceram: foi 11ª na Gold Coast mas esteve mais próxima do 8º lugar do que do 12º. Subiu 17 lugares no ‘ranking’ olímpico e agora tem à frente dela a Lisa Norden, que foi ‘apenas’ medalha de prata em Londres 2012. Não será fácil, mas tudo ainda é possível.”