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Fotografar Lisboa e Porto a horas “impróprias”, ser turista na própria cidade, fazer um retrato de família e participar numa oficina de smartphone são os desafios do Instituto Português de Fotografia para este fim-de-semana. O objetivo é celebrar o Dia Mundial da Fotografia (sábado, 19 de agosto). Por isso, se é entusiasta, pegue na câmera e prepare-se que até há uma “romaria” fotográfica marcada para as 5h00 da manhã de sábado – sim, vamos fotografar a alvorada em Lisboa e no Porto!

O dia 19 de agosto de 1839 acordou com uma notícia: o governo de França anunciou, oficialmente, a invenção da fotografia: um presente “grátis para o mundo”. O autor da proeza foi Louis Daguerre, um físico, pintor, cenógrafo e inventor francês que inventou o daguerreótipo, um processo fotográfico desenvolvido em 1837. Uma estória que mudou o mundo (desenvolvida no final do texto) e que inspirou a instituição do Dia Mundial da Fotografia.

Para celebrar o dia, mas também a arte de fotografar, o Instituto Português de Fotografia (IPF) propõe um conjunto de atividades para entusiastas da fotografia – famílias incluídas! – tendo como palco as cidades de Lisboa e Porto.

FOTOGRAFIA NOTURNA Lisboa / Porto | 18 de agosto (sexta-feira)

Todos os dias são bons para celebrar o Dia Mundial da Fotografia, por isso, começamos ainda antes da meia-noite! Sabemos que a luz é o elemento central que possibilita fotografar, mas e quando ela é escassa? Vamos partilhar segredos e dicas para obter as melhores imagens, com técnicas úteis e essenciais para captar a magia noturna da cidade. Primeira dica: não se esqueça de trazer o tripé. Ponto de encontro às 20h00, nas instalações do IPF de Lisboa ou do Porto. O término da atividade está previsto para as 00h00. Há 15 vagas disponíveis em cada uma das cidades.

FOTOGRAFAR O AMANHECER Lisboa / Porto | 19 de agosto (sábado)

O por do sol é talvez dos assuntos mais fotografados, porém, quando o dia nasce, a sua luz tão singular e a experiência em si tornam-se, sem dúvida, igualmente impressionantes. É por isso que os fotógrafos acordam tantas vezes de madrugada para captar esses momentos tão especiais, sacrificando horas de sono. Para madrugadores e noctívagos esforçados, apaixonados por fotografia em geral, esta atividade será a melhor forma de celebrar a data e a sua paixão, criando belas imagens da aurora.

Em Lisboa, o ponto de encontro está marcado para as 5h00 da manhã, no Miradouro das Portas do Sol. No Porto, à mesma hora, nas instalações do IPF. O fecho da atividade está previsto para as 09h00. Há 30 vagas disponíveis em cada uma das cidades.

SER TURISTA NA PRÓPRIA CIDADE Lisboa / Porto | 19 de agosto (sábado)

Todos os dias passamos pelos mesmos lugares, vemos as mesmas coisas e já conhecemos os monumentos e locais mais típicos da cidade, sem prestar a devida atenção ou tempo. Nós usamos muito o olhar, mas poucas vezes vemos, realmente. Esta atividade propõe uma visita a esses mesmos lugares, com um renovado ponto de vista e um conceito deveras interessante: ser turista na própria cidade. Aceita o desafio do IPF?

Ponto de encontro marcado para as 17h00 nas instalações do IPF de Lisboa ou Porto. O término da atividade está previsto para as 21h00, havendo 12 vagas disponíveis em cada uma das cidades.

RETRATO DE FAMÍLIA Lisboa / Porto | 19 de agosto (sábado)

Celebrar a fotografia através de um retrato de família — parece-lhe bem? Traga miúdos e graúdos para uma experiência divertida e uma recordação especial. Inscreva-se nesta atividade, seja fotografado com quem mais ama e receba um bonito retrato que irá acompanhar a família para todo o sempre.

As instalações do IPF de Lisboa e Porto serão o palco desta atividade, no horário compreendido entre as 10h00 e as 14h00.

OFICINA DE SMARTPHONE Porto | 19 de agosto (sábado)

A democratização da fotografia aconteceu de diversas formas, e uma delas foi com o aparecimento dos smartphones e das suas câmeras incorporadas. Há muito potencial escondido nestes pequenos aparelhos e o IPF quer ensinar como tirar melhor partido de cada clique: a melhor composição, dicas de iluminação, como editar e tratar imagens através de aplicações. Um toque mais profissional para cada imagem que cria.

As instalações do IPF do Porto são o palco desta atividade, no horário compreendido entre as 14h00 e as 17h00. Há 15 vagas disponíveis.

Cinco atividades que têm um custo simbólico de 5 euros, mas um valor que pode ser descontado em eventuais formações no Instituto Português de Fotografia. Com quase meio século de atividade, é a mais antiga e prestigiada instituição ligada à área em Portugal, sendo reconhecida pela excelência do ensino da fotografia, mas também pelos programas que desenvolve em termos culturais, como a celebração do Dia Mundial da Fotografia é disso exemplo.

Sublinhe-se que, também no Dia Mundial da Fotografia, o Instituto Português de Fotografia oferece 20% desconto no preço de todos os workshops do IPF e Curso de Fotografia Digital (Lisboa e Porto), calendarizados até ao final de 2017, bem como 100% de desconto do valor da inscrição no Curso Profissional de Fotografia e no Curso Avançado de Fotografia. As ofertas são válidas para inscrições realizadas durante o dia de sábado (19 de agosto).

 

Fotografia nasceu há 178 anos!

O dia 19 de agosto de 1839 amanheceu com uma notícia que veio, de facto, a mudar o mundo: o governo francês anunciou, oficialmente, a invenção da fotografia.

É certo que já podiam encontrar-se relatos anteriores sobre “câmaras escuras” (cameras obscuras) e reproduções de imagens desde a Grécia Antiga, segundo algumas fontes. Porém, somente em 1839 é apresentado um sistema de captação de imagem permanente, devidamente aprimorado e oficializado.

A celebração da data como Dia Mundial da Fotografia tem, então, origem nesse anúncio oficial da invenção do daguerreótipo (daguerreotype). Um processo fotográfico desenvolvido por Louis-Jacques-Mandé Daguerre alguns anos antes, em 1837. A invenção de Daguerre não surgiu, porém, de forma tão simples.

Joseph Nicéphore Niépce foi o seu precursor, unindo elementos da química e da física, tendo criado a héliographie, em 1826. Nessa experiência, ele aliou o princípio da “camara obscura” (empregada por artistas desde o século XVI, entre eles Leonardo da Vinci) à característica fotossensível dos sais de prata. Após a morte de Niépce, Daguerre veio aperfeiçoar a invenção, rebatizando-a tal como a conhecemos: o daguerreótipo.

Na verdade, a 6 de Janeiro de 1839, a Academia Francesa de Ciências já havia anunciado a invenção do daguerreótipo (a primeira notícia saiu no jornal Gazette de France – ver em francês e em inglês), mas apenas a 19 de Agosto do mesmo ano, o governo francês, tendo adquirido o processo, declarou a invenção de Daguerre como um presente “grátis para o mundo”.  Afinal de contas, ser capaz de captar imagens para registar a história e a transformação do mundo, graças a uma pequena caixa, é algo verdadeiramente maravilhoso.

 

 

 

 

 

Boulevard du Temple, Paris, 1838, fotografia de Louis Daguerre.

Esta foi a primeira fotografia com pessoas, gerada por meios técnicos e agentes sensibilizantes adequados. Com recurso a uma longa exposição, é impossível detetar os carros que passavam nesta rua agitada; porém, duas pessoas, por permanecerem paradas o tempo suficiente, ficaram retratadas na imagem: o engraxador e o seu cliente.

Mas o ano de 1839 não se ficou por esse acontecimento, tendo surgido mais uma novidade marcante para a fotografia: William Fox Talbot inventa um outro processo fotográfico: o calótipo.

Ao longo do tempo, a fotografia sofreu várias contestações por parte do meio conservador e religioso (acusando a invenção de blasfémia), e até mesmo algum desprezo por parte do meio cultural e artístico. Era complicado perceber o seu lugar, a sua função, sem ser olhada como substituta das tradicionais formas de representação existentes, como a pintura. Mais do que discutir se a fotografia era ou não arte, a questão incidia também no modo como esta descoberta transformava a natureza geral da arte e da cultura, gerando questões mais filosóficas do que científicas, até aos dias de hoje.

Atualmente, o Dia Mundial da Fotografia é celebrado através das mais variadas iniciativas: workshops, maratonas de fotografia, concursos e conferências. A arte de fotografar é o que apaixona, desde o fotógrafo amador ao profissional, sendo que, neste dia, o amor pela fotografia ganha mais destaque público e uma atenção especial.

Com a introdução e proliferação da tecnologia digital, os paradigmas que norteiam a fotografia têm sido drasticamente alterados. Não só os equipamentos são comercializados a preços mais acessíveis, sem perder sofisticação, como os próprios processos de captação se tornaram mais simples, a par da armazenagem, impressão e reprodução das imagens. É a democratização da fotografia: os próprios telemóveis e outros dispositivos com câmeras integradas possibilitam, praticamente a qualquer pessoa, aventurar-se na captação de imagens no seu quotidiano, e eternizar momentos, guardar recordações, contar histórias em imagens, mostrar um modo muito particular e pessoal de ver o mundo.

O Instituto Português de Fotografia (IPF) foi a primeira escola de fotografia do país, com total e exclusiva devoção a esta arte, qualidade que foi mantida até hoje. O IPF quer continuar a “ensinar a expressar cada forma de olhar” e, como tal, não podia ficar de fora da comemoração do Dia Mundial da Fotografia.

 

Sobre o Instituto Português de Fotografia

Com 49 anos de experiência na formação em fotografia, o Instituto Português de Fotografia (IPF) é a mais antiga e prestigiada instituição dedicada à área em Portugal. Quase meio século de ensino de excelência, mas também de promoção dos seus formandos. O IPF é a solução para quem aspira ser profissional da fotografia, ou o recurso para os muitos amantes da fotografia que desejam evoluir ou simplesmente potenciar o equipamento de que dispõe, seja uma câmera fotográfica ou um smartphone. Uma ampla oferta formativa, inclusivamente para os mais novos – há formações orientadas para crianças a partir dos seis anos de idade!

Com sede em Lisboa e instalações na cidade do Porto, o IPF é reconhecido pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ) como Organismo de Normalização Sectorial para a Fotografia em Portugal, tendo também assento como membro permanente na ISO, representando Portugal, no seu comité de fotografia. Na sua história também já organizou inúmeras ações de formação por todo o país – ilhas incluídas.