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No dia em que se cumpriu a primeira metade da etapa Maratona, numa extensão de 420 km cronometrados, com início e final em Jujuy, na Argentina, Carlos Sousa voltou a estar em plano de evidência, recuperando mais 17 lugares na geral, para se fixar agora no 54.º posto da classificação, a 2h39m33s do líder da categoria automóvel.

Depois de ter caído para o 94.º lugar da geral, em virtude dos vários problemas que o assolaram durante a segunda etapa da prova, onde perdeu mais de duas horas, o piloto português da equipa Mitsubishi Petrobras procura agora ganhar o máximo de posições possível na tabela, embora reconhecendo que a tarefa será cada vez mais complicada, até em face do nível competitivo que o Dakar apresenta este ano.

“Há talvez a 20 a 25 pilotos com possibilidade de disputarem este ano os lugares cimeiros do Dakar, algo nunca visto no Dakar. Infelizmente, perdemos todas as possibilidades de estar na luta por um lugar no top-10 logo na segunda etapa, pelo que agora resta-nos dar o nosso melhor a cada dia para nos aproximarmos dos 20 a 30 primeiros… Face ao atraso que dispomos, mais do que isso julgo que vai ser difícil”, preconiza Carlos Sousa, que hoje garantiu o 24.º melhor na especial, a 20m56s do mais rápido.

“Entrámos muito bem na especial e conseguimos um bom ritmo logo de início, ultrapassando vários carros. Depois, quando entrámos na zona mais rápida e em altitude do percurso, acabámos por entrar num comboio e a partir daí tudo se tornou mais difícil, quer pela menor velocidade de ponta do nosso carro, quer pelo facto de passarmos a rodar no pó de outros concorrentes. Mas estamos aqui no final e sem problemas a registar no carro, o que é sempre importante numa etapa em que a assistência está interdita. Veremos como vai ser amanhã, se bem que será mais uma especial em altitude e que se prevê muito exigente do ponto de vista físico”, concluiu o piloto que, juntamente com Paulo Fiuza, forma a única dupla portuguesa a competir este ano na categoria automóvel.

ETAPA 5 – JUJUY – UYUNI

A segunda parte da Etapa Maratona marcará a entrada do pelotão na Bolívia. Parte da dificuldade do dia está na gestão da mecânica, mas também do esforço físico. É que ao longo desta especial, numa distância de 327 km, os concorrentes chegarão aos 4.600 metros de altitude, naquele que será o ponto mais alto de sempre atingido num Dakar. Tecnicamente, esta etapa marcará também uma outra novidade, já que os concorrentes enfrentarão as primeiras secções fora de pista que vão exigir já alguma concentrarão por parte dos navegadores.