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Mais uma vez, o piloto de Almada voltou a estar em destaque no Dakar. Em 16 participações, esta foi a 11ª vez em que terminou no top-10, desta feita, a defender as cores da equipa Mitsubishi Petrobras

Pela 11ª vez em 16 participações, Carlos Sousa concluiu o Dakar no top-10 da classificação. Na edição deste ano do mais duro rali do mundo, o piloto nacional, foi o 8º classificado. Um resultado que até poderia ter sido ainda mais positivo – um 5º lugar final – não fosse a penalização de 40 minutos que lhe foi imposta no final da 9ª etapa, por ter falhado um dos pontos de passagem obrigatória da especial.

Apesar de tudo, Carlos Sousa reconhece “a alegria por chegarmos ao fim de mais uma edição bastante dura e logo num positivo 8º lugar. Um excelente resultado, até pelo facto de, à nossa frente, apenas terem terminado pilotos da Mini e da Toyota que, a par da Peugeot, foram as marcas que, este ano, investiram mais meios e recursos. Também por isso a Mitsubishi Petrobras tem de estar satisfeita. O ASX Racing revelou potencial e mostrou ser uma excelente base para o futuro. No meu entender, ainda há um longo caminho a percorrer ao nível do desenvolvimento das suspensões, mas depois desse trabalho, as ambições podem ser outras”.

Aliás, Carlos Sousa faz questão de salientar “o empenho da equipa, no final da etapa maratona, resolvendo os graves problemas de suspensão de que fomos vítimas na passagem pelo Chile. Isso permitiu impor um ritmo bastante forte nestes últimos dias, com o ASX Racing a não revelar problemas ou sequer sintomas de fadiga. Inclusivamente, fico com a sensação que o Dakar devia estar a começar era agora”, confessa o português.

Para terminar, Carlos Sousa enaltece “a atuação dos ‘motards’ portugueses, naturalmente, com destaque para o Paulo Gonçalves. Mas todos estiveram em excelente nível, voltando a dignificar o nome de Portugal pelo mundo”.

Na etapa de hoje, a última da edição 2015 do Dakar, Carlos Sousa e o navegador Paulo Fiuza chegaram a acalentar a esperança de subir um lugar na classificação. Mas com a decisão da organização de encurtar a etapa, devido à muita chuva que se fazia sentir, a única dupla nacional em prova acabou por contentar-se com a 8ª posição da geral.

Mais um excelente registo para o currículo de Carlos Sousa. Em 16 participações no Dakar, só por duas vezes conheceu o sabor da desistência, tendo cometido a proeza de terminar 11 vezes no top-10.

O futuro poderá, também, passar pela disputa do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno deste ano. “É provável que a decisão seja tomada nas próximas semanas. A equipa tem consciência que é importante disputar provas para evoluir ainda mais o ASX Racing e, confesso, que esse é um dos cenários que está em cima da mesa. Vamos ver se é possível reunir condições para que isso aconteça, nomeadamente alguns apoios nacionais”, conclui o piloto, quatro vezes campeão nacional absoluto da modalidade.

 

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º Al-Attiyah/Baumel (MINI), 40h32m25s

2º De Villiers/Von Zitzewitz (Toyota), + 35m34s

3º Holowczyc/Panseri (MINI), + 1h32m01s

4º Van Loon/Rosegaar (Toyota), + 3h01m52s

5º Vasilyev/Zhiltsov (MINI), + 3h12m41s

6º Lavieille/Maimon (Toyota), +3h15m58s

7º Ten Brinke/Colsoul (Toyota), + 3h42m02s

8º SOUSA/FIUZA (Mitsubishi) + 3h44m59s

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