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Depois de um arranque promissor na Baja TT Montes Alentejanos, o Team Consilcar rumou este fim de semana a Espanha e à província raiana de Badajoz, para a Baja TT Dehesa Extremadura, segunda prova do Campeonato de Portugal de TT e pontuável para a Taça da Europa FIA de Bajas. Numa prova onde já brilharam no passado, Edgar Condenso e António Serrão foram condicionados pela quebra de um diferencial na Ford Ranger, na etapa de sábado. Jovem Duarte Silva e Nuno Silva chegaram a rodar no top 6 da categoria T3 entre os melhores pilotos da Europa, mas problemas elétricos no Can-Am obrigaram a dupla portuguesa a um abandono inglório.

A Baja TT Dehesa Extremadura marcou o regresso à competição de Edgar Condenso e do navegador António Serrão, que este ano repetem a aposta na espetacular Ford Ranger do agrupamento T1, após uma profunda revisão pelos técnicos da equipa. A dupla do Team Consilcar, que brilhou na Baja TT Dehesa Extremadura ao ganhar o Prólogo à geral em 2021 e ao liderar a prova em 2022, acabou por ser atraiçoada pela quebra do diferencial traseiro logo ao Km 25 da etapa de sábado, sendo obrigada a desistir e a regressar à prova em modo super rally, no domingo.

Na derradeira etapa, o ex-campeão nacional de T2 e vencedor da Taça Ibérica quis acumular quilómetros em competição, para perceber o set-up ideal para a Ford Ranger. “Não foi exatamente o fim de semana que queríamos, pois tínhamos andado muito bem nesta baja nos últimos dois anos, apesar do plantel de luxo da prova este ano”, analisou Edgar Condenso. “A equipa fez um grande esforço para ter o carro pronto para esta prova e, curiosamente, o diferencial que partiu foi uma das poucas peças que não foram trocadas na reconstrução do carro, pois só nos foi entregue há poucos dias. Ainda assim, no domingo já pudemos acumular quilómetros com o carro, para perceber o que temos de afinar, principalmente ao nível da suspensão. No fundo, retirámos ilações importantes para o futuro”, referiu o piloto de Lisboa.

Estreia azarada para Duarte Silva

Com apenas 21 anos, Duarte Silva pôde fazer a sua estreia absoluta numa prova da Taça da Europa FIA de Bajas e o mínimo que se pode dizer é que o jovem piloto do Team Consilcar confirmou o potencial que já tinha demonstrado no início da época. Sem conhecer a prova e integrado num plantel de luxo, onde os SSV da categoria T3 voltaram a discutir os primeiros lugares à geral com as potentes máquinas T1+ e T1, Duarte Silva esteve em bom plano no segundo setor seletivo, auxiliado pela navegação do pai, Nuno Silva, que já tinha experiência da prova espanhola. Chegaram a rodar no 6º lugar dos T3 e num surpreendente 16.º lugar da geral, até um problema no retificador de corrente provocar uma falha geral no sistema elétrico do Can-Am. “Ficámos sem direção assistida, sem o painel de instrumentos e sem as ventoinhas de refrigeração do motor”, conta o jovem piloto lisboeta. “Tivemos de desistir e tentar levar o carro até à assistência, o que conseguimos após 100 quilómetros de muito esforço. No domingo, voltámos a ter problemas elétricos e o carro começou a aquecer bastante, o que nos obrigou a parar para não partir o motor. Foi uma prova agridoce. Por um lado, mostrámos um bom andamento entre os melhores pilotos da Europa, numa prova muito diversificada e que eu não conhecia; por outro lado, os problemas no carro não nos permitiram ir mais longe, tal como tinha acontecido em Beja. As corridas são mesmo assim”, afirmou Duarte Silva.

O Team Consilcar vai agora preparar a terceira prova do Campeonato de Portugal de TT, a Baja TT Norte de Portugal, a disputar de 5 a 7 de maio, na região de Trás-os-Montes.

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