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Carlos Sousa e Miguel Ramalho lideram destacados o Grande Rali da China, uma espécie de Dakar asiático, quer pela extensão e dureza da prova, quer pelos meios envolvidos. A dupla portuguesa venceu três das cinco etapas já disputadas e à entrada do deserto de Gobi – o quinto maior do mundo em extensão! – dispõe de 6m38s de vantagem para os mais diretos adversários. A prova termina no próximo dia 29 de setembro e o piloto de Almada confessa que “os objetivos passam por manter a liderança. É um resultado que gostaria de juntar ao meu palmarés, até pela importância que tem para a Great Wall», o maior fabricante automóvel privado da China!

Apesar dos condicionalismos inerentes a uma estreia em solo asiático e às dificuldades associadas à leitura de um “road-book” em Mandarim(!), Carlos Sousa e Miguel Ramalho estão a cumprir com os objetivos definidos à partida do Estádio Olímpico de Pequim, no passado dia 15: lideram o Grande Rali da China e estão a desenvolver importantes testes com vista à próxima edição do Dakar.

Para já, estão cumpridas cinco de 15 etapas, de um percurso total com 6.008 quilómetros de extensão… E ultrapassado que está o primeiro terço do “Dakar” asiático, a dupla Carlos portuguesa considera que “a experiência está a ser bastante positiva. Estamos na liderança da prova, vencemos três das cinco primeiras etapas e, com maior ou menor dificuldade, temos conseguido superar os problemas de navegação resultantes da leitura de um ‘road-book’ em… chinês, mas também do facto de estarmos a abrir a estrada”.

 Carlos Sousa admite que os objetivos passam por “conquistar a vitória do Grande Rali da China. Ainda temos muitos quilómetros e dificuldades pela frente, mas estamos confiantes e cada vez mais adaptados ao tipo de terreno. Estamos ansiosos por fazer a travessia do deserto de Gobi, o quinto maior do mundo em extensão e um dos mais desconhecidos. Aliás, em termos de percursos, a prova tem sido fantástica, a fazer lembrar o Dakar nos tempos em que se disputava em África”.

Mas se, para a dupla nacional, a liderança constitui motivo de “orgulho e de satisfação, até pela importância que o resultado está a ter para a Great Wall”, a verdade é que, “tão ou mais importantes, são os testes que estamos a desenvolver com vista à próxima edição do Dakar”, salienta Carlos Sousa.

“Ao nível das suspensões, que são novas, não tenho dúvidas que o carro evoluiu imenso. Já ao nível da gestão de eletrónica do motor, ainda há muito a fazer para que possamos falar em progressos, mas a equipa está a trabalhar no sentido de melhorar essa questão. Por outro lado, destaco outro aspeto importante desta participação: o ritmo competitivo que estou a ganhar, pois não entrava em competição há oito meses!”

Recorde-se que, cumpridas que estão cinco das 15 etapas que constituem o Grande Rali da China, Carlos Sousa e Miguel Ramalho (Great Wall SUV Haval) lideram com 6m38s de vantagem para a Nissan Navara do Wei Huan, enquanto o colega de equipa da Great Wall, Zhou Yong, ocupa a 3ª posição, a 49m14s dos portugueses.

Cumprida a primeira de duas jornadas de descanso, que as cerca de 150 equipas em prova cumpriram no Bivouac instalado junto às dunas de Ejinaqui, a competição prossegue com uma das mais longas e temidas etapas desta prova.Nissan Navara de Wei Huan, 2º no final do dia a 3m37s de Carlos Sousa.Nissan Navara de Wei Huan, 2º no final do dia a 3m37s de Carlos Sousa.

 

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