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Após a subida ao 7º lugar da geral no final da etapa de ontem, piloto português da Mitsubishi Petrobras enfrentou hoje graves problemas com a suspensão do ASX Racing logo a partir do km 60. Apesar do esforço que a dupla portuguesa realizou para levar o carro até final, o atraso registado à chegada foi superior a 28m, pelo que a equipa desceu para o 11º posto, embora a apenas 3m de um lugar no top-10

A segunda especial do Dakar 2015 em território chileno foi verdadeiramente madrasta para as legítimas aspirações de Carlos Sousa e Paulo Fiuza na corrida automóvel. Depois de na etapa anterior terem consumado a subida ao 7º lugar da geral – o objetivo traçado pela portuguesa para esta edição – hoje os graves problemas de suspensão que enfrentaram logo a partir do km 60 atiraram a equipa para fora do top-10 – mais precisamente, para o 11º lugar da classificação.

Numa extensão de quase 700 km, a quinta etapa do Dakar levou os concorrentes até Antofagasta, num percurso bastante rápido e técnico que exigiu toda a concentração dos pilotos ao longo dos 458 km de troço cronometrado.

“Era um percurso muito duro e exigente que, infelizmente, se transformou num autêntico martírio logo a partir do km 60”, desabou Carlos Sousa à chegada. “Ontem já tínhamos tido um primeiro aviso na parte final da etapa, quando ficámos sem suspensão dianteira na zona das dunas. Hoje, porém, tudo foi bem pior, já que após ficarmos sem suspensão traseira ao km 60, ficámos também sem eficácia na suspensão dianteira uns quilómetros mais à frente. O carro simplesmente deixou de absorver qualquer irregularidade no terreno, pelo que foi um verdadeiro sofrimento conseguir trazê-lo até ao final. Pelo meio, cerca do km 100, ainda tivemos um furo, só que esse foi mesmo o menor dos nossos problemas hoje… Foi realmente um dia de verdadeiro sofrimento”, sublinhou o piloto português.

Gastando mais cerca de 28 minutos que o vencedor da tirada – “pensei até que teria perdido mais tempo” –, Carlos Sousa cruzou a meta em Antofagasta com o 19º tempo da especial, caindo do 7º para o 11º lugar da geral.

“Sofremos muito para chegar ao fim porque o demos o máximo para minimizar as perdas em termos de classificação. Vamos agora ver se conseguimos resolver em definitivo este problema na assistência, até porque será impossível prosseguir assim”, concluiu.

Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, no outro ASX Racing inscrito pela Mitsubishi Brasil, terminaram a especial imediatamente à frente da dupla portuguesa, com o 18º tempo, subindo três posições na geral, para o 24º lugar.

 

CLASSIFICAÇÃO – ETAPA 5

1º Vasilev/Zhiltsov (MINI), 4h19m18s

2º Alrajhi/Gottschalk (Toyota), + 20s

3º Gordon/Campbell (Gordini), + 1m25s

4º Al-Attiyah/Baumel (MINI), + 3m24s

5º Peterhansel/Cottret (Peugeot), + 4m04s

(…)

18º SPINELLI/HADDAD (Mitsubishi), + 28m04s

19º SOUSA/FIUZA (Mitsubishi), + 28m32s

 

GERAL – APÓS ETAPA 5

1º Al-Attiyah/Baumel (MINI), 16h29m23s

2º De Villiers/Von Zitzewitz (Toyota), + 12m59s

3º Alrajhi/Gottschalk (Toyota), + 19m32s

4º Holowczyc/Panseri (MINI), + 48m03s

5º Van Loon/Rosegaar (MINI), + 54m32s

(…)

11º SOUSA/FIUZA (Mitsubishi) + 1h24m34s

24º SPINELLI/HADDAD (Mitsubishi), + 3h32m47s

 

A ETAPA DE AMANHÃ

Etapa 6: Antofagasta – Iquique

Total: 647 km

Especial: 255 km

A subida do litoral do Pacífico prossegue em direção a Iquique. Todos terão direito a uma expedição ao coração dos maciços dunares que dominam a costa. Este ano, a chegada não se fará pela tradicional descida: o pódio vai estar instalado em pleno centro da cidade de Iquique. O reencontro entre público e pilotos ganhará uma dimensão afetiva, após o tremor de terra que afetou a região no último ano.