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Com o número 315 nas portas do Duster, Carlos Sousa é uma das surpresas da edição 2018 do Dakar. Depois de dois anos afastado das competições, o português está de regresso ao mais duro rali do mundo, como um dos pilotos da equipa oficial Renault Duster Dakar Team. O almadense sonha com um resultado entre os dez primeiros, até em função do potencial revelado pelo Duster em edições anteriores, em que chegou a conquistar dois terceiros lugares em etapas. Vencedor do Dakar 2002 ao lado de Hiroshi Masuoka, o francês Pascal Maimon será o navegador de Carlos Sousa. O Dakar 2018 decorrerá entre os dias 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Peru, Bolívia e Argentina.

Pelo sexto ano consecutivo, dois Duster inscritos pela Renault Sport Argentina (a gama Dacia é comercializada neste país sob a marca Renault) estarão à partida do mais exigente e apaixonante rali do mundo: o Dakar. Equipados com um motor V8 da Aliança Renault-Nissan, com 390 cavalos de potência, os Duster querem ser uma das surpresas da prova, beneficiando da experiência e da rapidez dos dois pilotos da equipa: o português Carlos Sousa e o argentino Emiliano Spataro.

Para Carlos Sousa, a 18ª participação no Dakar será marcada por uma dupla estreia: a entrada no Renault Duster Dakar Team e a companhia do francês Pascal Maimon, navegador que, em 2002, cometeu a proeza de vencer o Dakar, ao lado do japonês Hiroshi Masuoka.

O telefonema surpresa

O piloto nacional admite que “estava longe de imaginar que estaria de regresso ao Dakar. Estava descansado em casa, quando recebi um telefonema com o honroso e irrecusável convite do Renault Duster Dakar Team. Apesar de estar sem correr há dois anos, a adrenalina subiu de imediato e, a verdade, é que não vejo a hora de me sentar aos comandos do Duster.”

Para os primeiros dias de dezembro está previsto um teste de preparação. “Uma sessão particularmente importante para mim”, reconhece Carlos Sousa. “Vou rodar, pela primeira vez, com o Duster e vou tentar recuperar o ritmo perdido em dois anos de ausência de competições. Um teste que está marcado para uma zona de deserto na Argentina.”

Como admite o piloto nacional, “a falta de ritmo é uma das minhas maiores preocupações, pois há dois anos que não me sento num automóvel de competição. Por isso mesmo, o teste vai ser importante, até para ficar a conhecer minimamente o Duster. Aliás, estou com bastante curiosidade em o pilotar, até pelo facto de, para mim, marcar o regresso aos carros equipados com motores a gasolina.”

Um navegador que já venceu o Dakar

Por outro lado, será também a primeira oportunidade para Carlos Sousa rodar com o francês Pascal Maimon, o navegador escolhido para este regresso ao Dakar. “Há vários anos que nos conhecemos, com algumas lutas em pista, mas com uma amizade que se foi cimentando. Meio a brincar íamos dizendo que, um dia, iríamos correr juntos. E assim que o meu nome surgiu na lista de inscritos provisória, o Pascal ligou logo a perguntar se era desta que íamos fazer dupla. O acordo ficou estabelecido no momento! É uma das referências da modalidade na arte da navegação. O seu palmarés diz tudo sobre a sua experiência e competência. Também é um especialista em mecânica, pelo que a escolha não podia ser mais certa.”

Mas Carlos Sousa tem bem presentes os condicionalismos com que vai estar à partida daquela que é a 40ª edição do Dakar: “Estou parado há dois anos, e vou estrear um carro e um novo navegador. Ou seja, é todo um mundo novo que me espera. No entanto, esta também não é uma situação totalmente nova para mim. Já estou habituado a este tipo de dificuldades, pelo que espero ultrapassar tudo isso o mais rápido possível. O teste que está previsto com a equipa também vai ser importante para atenuar tudo isso.”

Os condicionalismos e os objetivos

Nesse sentido, Carlos Sousa já definiu a estratégia: “Primeiro vou de me adaptar a tudo o que é novidade. Mas quero andar o mais rápido possível, nunca esquecendo que o Dakar ainda continua a ser uma prova maratona. É verdade que cada vez mais parece um vulgar rali face às lutas que se travam nos lugares cimeiros, mas a gestão do ritmo continua a ser essencial para a conquista de um bom resultado. E como a edição deste ano começa logo com vários dias no deserto, acredito que isso pode ser uma vantagem para mim. Aliás, acredito mesmo que, ao contrário dos outros anos, podemos chegar a meio da prova com vantagens significativas entre os pilotos da frente. Mas o Dakar é sempre fértil em surpresas, por isso, vamos ver o que nos reserva este ano.”

Quanto a objetivos desportivos, Carlos Sousa não esconde que “sonho com a conquista de um resultado nos dez primeiros. Tenho consciência que é uma expetativa muito elevada, tendo em conta a qualidade da lista de inscritos, mas eu acredito nessa possibilidade e na competitividade do Duster. Aliás, tenho bem presente na memória os top-3 conquistados em algumas etapas, resultados que só são possíveis de obter por um carro competitivo.”

Dois Duster ao ataque do Dakar

A equipa Renault Duster Dakar Team participará na 40ª edição do Dakar (10ª em território da América do Sul) com as duplas Carlos Sousa /Pascal Maimon e Emiliano Spataro/Santiago Hansen. Emiliano Spataro é o habitual piloto da formação e está com o projeto desde o ano de estreia, em 2012. O argentino, em 2014, conquistou o melhor resultado para a equipa no Dakar: 4º lugar da classe, a que correspondeu a 14ª posição à geral.

Em 2017, o Duster chegou ao final do Dakar pela quinta vez consecutiva e, apesar dos percalços, terminou num positivo 22º lugar. Para 2018, há o sonho da conquista de um lugar no top 10. Recorde-se que o Duster já terminou duas etapas do Dakar no Top3!

Expetativas altas, mas que vêm na sequência da experiência acumulada nas cinco anteriores edições do Dakar e no Campeonato Sul Americano de Cross Country, competição onde a equipa tem conquistado excelentes resultados, como a vitória deste ano no Destino Ruta 40 Sur.

Apesar de ser desenvolvido pela filial argentina da marca, o projeto tem beneficiado do apoio e acompanhamento da “casa mãe” Renault Sport Racing, a divisão desportiva do Grupo Renault.

Carlos Sousa: O “Senhor” Dakar!

Unanimemente reconhecido como o mais bem-sucedido piloto português da história da modalidade e um dos nomes consagrados do todo-o-terreno a nível mundial, Carlos Sousa iniciou-se na competição automóvel em 1989, ao volante de um UMM. A partir daí, trilhou um caminho de sucesso sem paralelo na disciplina…

Com um palmarés invejável no Campeonato português, onde ostenta 10 títulos nacionais, quatro deles absolutos, a que soma ainda 21 vitórias à geral, a carreira de Carlos Sousa teve o mérito de nunca se esgotar em território nacional.

Com efeito, é no plano internacional que as conquistas de Carlos Sousa atingem um outro patamar de notoriedade e mediatismo. Foi não só o primeiro piloto português a vencer uma prova pontuável para a Taça do Mundo, como também o primeiro – e até agora único – a garantir um título mundial, duas taças europeias e um troféu ibérico.

Porém, foram as sucessivas participações no Rali Dakar a conferirem-lhe, em definitivo, o atual estatuto desportivo e a enorme popularidade que conquistou junto do público português e internacional.

Desde a sua estreia em 1996, Carlos Sousa conta já 17 participações no maior e mais mediático rali do mundo, exibindo como melhor resultado um 4º lugar alcançado em 2003.

Sublinhando a sua enorme consistência, Carlos Sousa soma qualquer coisa como 11 presenças no top-10 da classificação geral. Ao 4º lugar de 2003, o piloto junta ainda dois quintos lugares (2001 e 2002), três sextos (2010, 2012 e 2013), três sétimos (2005, 2006 e 2007), um oitavo (2015) e um décimo em 1997, além de sete vitórias em etapas.

Números que o confirmam como um dos melhores e mais respeitados pilotos mundiais de todo-o-terreno.

O convite da Renault Duster Dakar Team é o reconhecimento disso mesmo, porque apesar de Carlos Sousa não competir desde janeiro 2016, a equipa aposta na sua rapidez e experiência para o sonho da conquista de um resultado entre os dez primeiros.

O Duster Dakar

Pelo sexto ano consecutivo, dois Duster inscritos pela Renault Argentina (a gama Dacia é comercializada neste país sob a marca Renault) estarão à partida do mais exigente e apaixonante rali do mundo: o Dakar. Equipados com um motor V8 da Aliança Renault-Nissan, com 390 cavalos de potência, os Duster querem surpreender com resultados entre os 10 primeiros em algumas etapas.

O Renault Duster Dakar Team é constituído pelas duplas Carlos Sousa/Pascal Maimon e Emiliano Spataro/Santiago Hansen. O português estreia-se na equipa, enquanto o piloto argentino é o totalista da formação, tendo conquistado aquele que até hoje foi o melhor resultado do projeto no Dakar: na edição 2014, 4º lugar da classe, a que correspondeu a 14ª posição à geral.

O Duster Dakar é equipado com o motor V8 VK56 da Aliança Renault-Nissan. Um bloco com 5.450cc de cilindrada, 390 cavalos de potência e 45 Kgm de torque.

Na sequência da experiência acumulada desde 2013, o Duster Dakar apresenta-se à partida da edição 2018 com importantes desenvolvimentos técnicos na suspensão traseira, mas também na refrigeração do sistema de travões.

O português Carlos Sousa vai participar com a unidade com que Emiliano Spataro participou na edição 2017 do Dakar. Uma viatura com poucos quilómetros, uma vez que o argentino desistiu logo na terceira etapa, com problemas na suspensão traseira, na sequência da passagem num salto mais pronunciado.

Em 2017, o Duster logrou chegar ao final do Dakar pela quinta vez consecutiva e, apesar dos percalços, terminou num positivo 22º lugar. Os objetivos para 2018 são mais ambiciosos e passam pela conquista de um lugar no top 10. Recorde-se que o Duster já terminou duas etapas do Dakar no Top3!

Expetativas altas, mas que vêm na sequência da experiência acumulada nas cinco anteriores edições do Dakar e no Campeonato Sul Americano de Cross Country, competição onde a equipa tem conquistado alguns excelentes resultados, como a vitória no Desafio Ruta 40 Sur.

A exemplo do ano passado, o projeto conta com o apoio e o acompanhamento da Renault Sport Technologies, a divisão desportiva da marca do Grupo Renault.

A edição deste ano do Dakar disputa-se no Peru, Bolívia e Argentina, entre os dias 6 e 20 de janeiro.

 

Características técnicas do Duster versão Dakar’2018

Motor

V8 VK-56. Desenvolvimento, preparação e homologação a cargo da Aliança Renault-Nissan.

Potência estimada 390 CV / 45 Kgm de torque.

Caixa de velocidades

SADEV de 6 relações sequencial. Diferencial central autoblocante com bloqueio.

Diferenciais

Com autoblocante de rampa e multidisco Heavy Duty F9 em alumínio e magnésio.

Amortecedores

Reiger. Suspensão dianteira de duplo trapézio construída em liga de aço, níquel e molibdénio. Suspensão traseira com sistema independente de paralelogramo deformável.

Travões

Discos Power Brake refrigerados a água. Caliper Power Brake de 6 pistões.

 

Quem é Carlos Sousa

Unanimemente reconhecido como o mais bem-sucedido piloto português da história da modalidade e um dos nomes consagrados do todo-o-terreno a nível mundial, Carlos Sousa iniciou-se na competição automóvel em 1989, ao volante de um UMM. A partir daí, trilhou um caminho de sucesso sem paralelo na disciplina…

Com um palmarés invejável no Campeonato português, onde ostenta 10 títulos nacionais, quatro deles absolutos, a que soma ainda 21 vitórias à geral, a carreira de Carlos Sousa teve o mérito de nunca se esgotar em território nacional.

Com efeito, é no plano internacional que as conquistas de Carlos Sousa atingem um outro patamar de notoriedade e mediatismo. Foi não só o primeiro piloto português a vencer uma prova pontuável para a Taça do Mundo, como também o primeiro – e até agora único – a garantir um título mundial, duas taças europeias e um troféu ibérico.

Porém, foram as sucessivas participações no Rali Dakar a conferirem-lhe, em definitivo, o atual estatuto desportivo e a enorme popularidade que conquistou junto do público português e internacional.

Desde a sua estreia em 1996, Carlos Sousa conta já 17 participações no maior e mais mediático rali do mundo, exibindo como melhor resultado um 4º lugar alcançado em 2003.

Sublinhando a sua enorme consistência, Carlos Sousa soma qualquer coisa como 11 presenças no top-10 da classificação geral. Ao 4º lugar de 2003, o piloto junta ainda dois quintos lugares (2001 e 2002), três sextos (2010, 2012 e 2013), três sétimos (2005, 2006 e 2007), um oitavo (2015) e um décimo em 1997, além de sete vitórias em etapas.

Números que o confirmam como um dos melhores e mais respeitados pilotos mundiais de todo-o-terreno.

O convite da Renault Duster Dakar Team é o reconhecimento disso mesmo, porque apesar de Carlos Sousa não competir desde janeiro 2016, a equipa aposta na sua rapidez e experiência para o sonho da conquista de um resultado entre os dez primeiros.

PALMARÉS

2016

Desistência no Bolívia-Argentina Dakar

2015

8º lugar no Argentina-Chile-Bolívia Dakar

2014

Desistência no Argentina-Bolívia-Chile Dakar

Vencedor da 1ª etapa

2013

6º lugar no Peru-Argentina-Chile Dakar

2012

6º lugar no Argentina-Chile-Peru Dakar

2011                

Campeonato Nacional de TT

2º lugar no Ervideira Rali TT

2º lugar na Baja CARMIM

2010                

6º lugar no Argentina-Chile Dakar

(melhor piloto privado e 1º carro a gasolina)

2009                

Campeonato Nacional de TT – 4º da geral

Vencedor do Ervideira Rali TT

Vencedor da Baja TT Serras do Norte

Vencedor da Baja Terras d’el Rei

2008                

5º lugar no Rali da Europa Central – Dakar Series

2007                

7º no Rali Lisboa-Dakar (vencedor da 1ª etapa)

3º lugar no Rali Transibérico

4º lugar no Rali de Marrocos

2006                

7º lugar no Rali Lisboa-Dakar – Melhor piloto privado

2º lugar na Baja Espanha Aragon

5º lugar no UAE Desert Challenge

2005                

7º lugar no Rali Telefónica-Dakar – Melhor piloto privado

11º lugar na Baja Portalegre 500

2004                

Vencedor da Taça da Europa FIA de Bajas

Vencedor da Baja Espanha Aragon

Vencedor da Baja Portugal 1000

Vencedor da Baja Itália

3º lugar no Rali de Marrocos

2º lugar na Baja Anta da Serra 500 Portalegre (1º Português)

2003                

Vencedor da Taça do Mundo FIA de TT

Vencedor da Taça da Europa FIA de Bajas
Vencedor da Baja Portugal 1000

Vencedor da Baja Grécia

Vencedor do Rally do Oriente Cappadoce

2º lugar no Rally de Marrocos

2º lugar no Rally Argentina Por Las Pampas

3º lugar na Baja Itália

4º lugar no UAE Desert Challenge

4º lugar no Rali Telefónica-Dakar

2002                

Campeão Nacional Absoluto de TT

Campeão Ibérico de TT

24º lugar no UAE Desert Challenge

Vencedor do Rali TT Casa do Pessoal da RTP

Vencedor da Baja Portugal 1000

Vencedor da Baja Optiroc/Serra de Monchique

Vencedor do Rali TT Serras do Norte

2º lugar na Baja Espanha Aragon

5º lugar no Rali Arras-Madrid-Dakar

2001                

Campeão Nacional Absoluto de TT

Vencedor do Troféu Ibérico de TT

Taça do Mundo FIA de TT – 3º da geral

Vencedor da Baja Portugal 1000

Vencedor da Baja Espanha Aragon

Vencedor da Baja Terras d’el Rei

Vencedor do Rali TT Casa do Pessoal da RTP

Vencedor do Rali TT Montes Alentejanos

2º lugar na Baja Espanha Aragon

2º lugar na Baja Portalegre 500

2º lugar no Rali TT Esporão Vindimas

2º lugar Rali TT Segafredo Zanetti

5º lugar no Rali Paris-Dakar (vencedor da 16ª e 19ª etapas)

2000                

Vice-Campeão Nacional Absoluto de TT

Vencedor da Baja Portugal 1000

Vencedor do Rali TT Esporão Vindimas

Vencedor da 1ª e 6ª Etapas do Rali Dakar

1999    

Campeão Nacional Absoluto de TT

Estreia da Mitsubishi Strakar
Vencedor do Rali TT Terras d’el Rei

Vencedor do Rali TT Casa do Pessoal da RTP

Vencedor da Baja 1000 (1ª vitória portuguesa na Taça do Mundo de TT)

Vencedor do Rali TT Montes Alentejanos

1998                

Campeão Nacional de T3

Vencedor do Rali TT Esporão Vindimas

17º lugar no Rali Granada Dakar

1997                

Vencedor da Categoria T1 no Rali Dakar-Dakar (10º geral)

Época nacional dedicada ao desenvolvimento da Mitsubishi Strada

Vencedor do Rali TT Esporão Vindimas

1996                

Campeão Nacional de T1 e Vice-Campeão Nacional Absoluto

12º no Rali Granada-Dakar – 3º na categoria T1 (Estreia na prova)

1º T1 no Raid Transalgarve (4º geral)

1º T1 na Baja Portugal 1000 (5º geral)

1º T1 no Rali TT Casa do pessoal da RTP

1º T1 no Rali TT Esporão Vindimas

1995                

Campeão Nacional Absoluto de TT e de T1

1º T1 no Rally Montes de Cuenca (Espanha)

1º T1 no Rali TT Casa do Pessoal RTP

1º T1 no Rali TT Lameirinho/Serras do Norte

1º T1 na Baja Nicola 1000 (7º geral e 2º português)

3º lugar no Rali TT Esporão Vindimas

1994

Piloto oficial do Team Mitsubishi Galp

Campeonato Nacional de TT – 3º da geral

Vice-Campeão Nacional de T2

Vencedor do Rali TT Casa do Pessoal da RTP

5º lugar na Baja Nicola 1000

1993                

Entrada no Team SOV

Vencedor do Raid TT à Neve (1ª vitória absoluta da carreira)

1992                

Vencedor do Troféu UMM

1º T1 no Rali TT Montes de Fafe

1º T1 no Rali TT Casa do Pessoal da RTP

1º T1 no Rali TT Esporão Vindimas

1º T1 na Baja Portugal 1000

1º T1 na Baja Portalegre 500

1991                

Vencedor do Troféu Nacional de TT

Troféu UMM – 3º da geral

1990                

Primeira época completa no Todo-o-Terreno

Troféu Nacional de TT – 3º da geral

1º UMM na Baja Portalegre 500

1989                

Início da carreira desportiva

Estreia no Troféu UMM

1988

Baja Portalegre 500 – 1ª participação

 

Pascal Maimon (navegador)

Vencedor da edição 2002 do Dakar, ao lado do japonês Hiroshi Masuoka, Pascal Maimon nasceu a 17 de março de 1960. Vive, atualmente, em França e é casado, tendo três filhos. É uma das mais figuras mais experientes no mundo das provas de Off Road e trabalhou como navegador e como organizador de diversos eventos à volta do globo.

Pascal iniciou a carreira no desporto motorizado, entre 1978 e 1981, ajudando a desenvolver protótipos da Citroën para o Campeonato do Mundo de Ralis, em Velizy, perto de Paris.

Participou no Dakar, pela primeira vez, com Jacques Houssat, num camião de assistência, iniciando aí uma longa associação com as provas africanas que se tornaram clássicas.

Depois de resultados sem grande expressão com Houssat e Gerard Boin, juntou-se a Bruno Saby e com ele fez dupla no Rally Paris-Cape Town, em 1992, passando depois a navegar outros pilotos de renome como os espanhóis Miguel Prieto e Marc Blasquez, o sul-africano Giniel de Villiers e o piloto dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa Al-Mutawei. Mas o ponto alto da sua carreira foi ganhar o Dakar, com a Mitsubishi, ao lado do japonês Hiroshi Masuoka, ao volante de um Mitsubishi, em 2002.

Pascal interrompeu a sua ligação com Masuoka durante três anos, mas retomou-a para conquistar o terceiro lugar no Rally da Tunísia de 2005, tornando-se, por essa altura, o habitual navegador do piloto japonês, com que voltou aos bons resultados em 2007, quando conquistou um quinto lugar no Dakar.

Entre 2009 e 2017, a carreira de Maimon contabiliza sete participações no Dakar, ao lado de pilotos tão distintos como Masuoka, Orlando Terranova, Zhou Yong, Gunter Huzink, Christian Lavieille e Khalid Al Qassimi, sentando-se na bacquet de navegador de carros oficiais ou privados da Mitsubishi, MINI, Ford, Toyota ou Peugeot. O 6º lugar conseguido com Lavieille (Toyota), em 2015, foi, nos últimos anos, o seu melhor resultado no Dakar.

No total e na mais importante prova-maratona do Mundo, Pascal Maimon contabiliza 19 participações, o que significa que, quando se sentar ao lado de Carlos Sousa, estará a cumprir o seu 20º Dakar e a colocar ao serviço da equipa, milhares de quilómetros de experiência.

Currículo desportivo

1984/1990: Membro da equipa de desenvolvimento da Peugeot para o Dakar e programa de Rally Raids

1985: Rally do Quénia com Pierre Pagani (Peugeot 205 T16)

1987: Participação no Rally Dakar como membro da equipa de assistência Peugeot, com Jacques Houssat

1988: 21º no Rally Dakar com Gerard Boin (Peugeot)

1989: 16º no Rally Pharaohs com Jacques Houssat (Peugeot) e 16º no Rally Dakar com Jacques Houssat (Peugeot)

1990: Participação Rally Dakar com Gerard Boin (P4)

1992: 27º no Rally Dakar com Bruno Saby (Mitsubishi)

1993/1997: “Batedor” no Rally Atlas para a Mitsubishi; Colaboração com a TSO na elaboração de Road Books de provas e planificação de estradas

2000: Participação em diversas Bajas com Hiroshi Masuoka (Mitsubishi) e Rally Dakar-Cairo com Miguel Prieto (Mitsubishi)

2001: 2º no Rally Paris-Dakar com Hiroshi Masuoka (Mitsubishi)

2002: 1º no Rally Paris-Dakar com Hiroshi Masuoka (Mitsubishi) e participação no Rally Tunísia com Bruno Saby (Ford Ranger)

2003: 5º Rally Dakar com Giniel de Villiers (Nissan); participação na Baja Itália e Desert Challenge com Khalifa Al-Mutawei e participação no Rally Tunísia e Baja Portugal, Baja Espanha com Marc Blasquez

2004: Participação no Rally Dakar com Yves Loubet e Rally Tunísia com Kenjiro Shinozuka (Nissan)

2005: 3º Rally Tunísia e participação no Rally Dakar com Kenjiro Shinozuka (Nissan)

2006: 7º UAE Desert Challenge e participação no Rally Tunísia e Rally Marrocos.

2007: 5º Dakar, com Hiroshi Masuoka

2009: Participação no Rally Dakar com Hiroshi Masuoka (Mitsubishi)

2010: Participação no Rally Dakar com Orlando Terranova (MINI)

2012: 20º Rally Dakar com Zhou Yong (MINI)

2013: 19º Rally Dakar com Zhou Yong (MINI)

2014: Participação no Rally Dakar com Gunter Huzink (Ford)

2015: 6º Rally Dakar com Christian Lavieille (Toyota)

2017: Participação no Rally Dakar com Khalid Al Qassimi (Peugeot)

 

Participações no Dakar

2017: Abandono (co-piloto de Al Qassimi em Peugeot)

2015: 6º (co-piloto de Lavieille em Toyota)

2014: Abandono (co-piloto de Huzink em Ford)

2013: 19º (co-piloto de Zhou Yong em MINI)

2012: 20º (co-piloto de Zhou Yong em MINI)

2010: Abandono (co-piloto de Terranova em MINI)

2009: Abandono (co-piloto de Masuoka em Mitsubishi)

2007: 5º (co-piloto de Masuoka em Mitsubishi)

2006: Abandono (co-piloto de Masuoka em Mitsubishi)

2005: Abandono (co-piloto de Shinozuka em Nissan)

2004: Abandono (co-piloto de Loubet em Nissan)

2003: 5º (co-piloto de De Villiers em Nissan)

2002: 1º (co-piloto de Masuoka em Mitsubishi)

2001: 2º (co-piloto de Masuoka em Mitsubishi)

2000: Abandono (co-piloto de Prieto em Mitsubishi)

1992: 27º (co-piloto de Saby em Mitsubishi)

1990: Abandono (co-piloto de Boin em Peugeot)

1989: 16º (co-piloto de Houssat em Peugeot)

1988: 28º (co-piloto de Boin em Peugeot)

 

Dakar: Desafio do limite!

“Um desafio para os que partem. Um sonho para os que ficam”! Palavras sábias e imortalizadas por Thierry Sabine que, um dia, foi salvo “in extremis” das tórridas areias do deserto da Líbia, depois de se ter perdido no Rallye Abidjan-Nice. A aterradora experiência que teria servido de “lição de vida” para o comum dos mortais, teve o efeito contrário no “Pai do Dakar”: instigou-lhe a imaginação, desafiou-lhe o espírito, estimulou-lhe a perseverança.

Em 1979, Sabine apresentava ao mundo um repto sem igual: o Rally Paris-Dakar! Uma prova-maratona, com paisagens únicas, que ligavam a Europa a África, capaz de desafiar os limites humanos e das máquinas que nele participam. O sucesso foi imediato!

Durante 29 anos, a mais desafiante prova automobilística do Mundo tornou-se a aventura de uma vida para muitos participantes de moto, quad, auto ou camião, descobriu talentos, fez despertar estrelas, fabricou heróis, colecionando momentos únicos que ajudaram o continente africano a ter uma visibilidade difícil de igualar, antes de, em 2009, dar uma volta de 180⁰ e rumar à América do Sul. Com a mudança de continente vieram novas descobertas e desafios, o calor do público sul-americano e maior segurança, mas o espírito Dakar, esse, manteve-se inalterado.

Passados 40 anos, o “Dakar” escreveu milhares de “estórias”, de sobrevivência e de glória, de suor e lágrimas, de coragem e de medo, de tenacidade e resignação. Mas, sobretudo, deixou uma marca viva em todos os que nele participaram ou simplesmente com ele conviveram. E essa é, porventura, a sua maior herança…

O Dakar de 2018

A 40ª edição do Rally Dakar terá lugar entre 6 e 20 de janeiro, percorrendo, pela 10ª vez consecutiva a América do Sul. Para comemorar uma edição épica, a organização da ASO (Amaury Sport Organisation) preparou uma prova que atravessará três países: Argentina, Bolívia e Peru (país a que regressa depois de uma ausência de cinco anos), ao longo de 14 etapas e 15 dias (um para descanso), num total de 8793 km, 4329 dos quais disputados ao cronómetro (para os autos).

Explorando setores desconhecidos, mas também propondo o tradicional e muito exigente desafio da condução na areia de deserto (sete etapas disputadas em dunas) e da condução em altitude, o Dakar 2018 promete ser dos mais seletivos dos últimos anos, iniciando-se no Peru (com seis etapas), atravessando a Bolívia (durante quatro etapas) e terminando na Argentina (com mais seis etapas).

Etapa a Etapa

Sábado, 6 de janeiro/1ª Etapa (Lima/Pisco) – 272 km (SS: 31 km)

Arrancando do Perú, o Dakar serve logo na etapa de abertura um dos seus “pratos fortes”: a areia. Com uma distância seletiva relativamente curta, será a primeira prova de fogo para os especialistas deste tipo de pista e o primeiro desafio para os restantes concorrentes. A descida, antes de chegar à margem de um lago, poderá fazer a diferença, devido à delicadeza de condução que exigirá.

Domingo, 7 de janeiro/2ª Etapa (Pisco/Pisco) – 278 km (SS: 267 km)

A etapa preparada para Pisco pela ASO inclui 90% de pistas, revelando-se, desde logo, um excelente exercício de navegação que colocará à prova a capacidades dos navegadores. O facto de os carros arrancarem antes das motos criará dificuldades acrescidas às equipas, que enfrentam, apesar de tudo, poucos riscos de se perderem, mas muitos de não conseguirem ser rápidas nos “canyons” dos primeiros 40 km da especial e nas dunas seguintes.

Segunda-feira, 8 de janeiro/3ª Etapa (Pisco/San Juan de Marcona) – 502 km (SS: 295 km)

É aqui que o Dakar deverá começar a “aquecer”. Os principais desafios do dia encontrar-se-ão fora de pista, num “chott”, mas também no coração dos “canyons”. Se para os mais experientes será apenas mais uma etapa, para os estreantes será um duro teste de nervos.

Terça-feira, 9 de janeiro/4ª Etapa (San Juan de Marcona/San Juan de Marcona) – 444 km (SS: 330 km)

Após uma sessão de velocidade ao sprint na praia, propícia para o desenrolar da aventura lançada com quatro carros a par, os concorrentes encontrarão cerca de 100 km de dunas de todos os tamanhos, o que poderá aumentar grandemente as diferenças no cronómetro final, sobretudo para quem tiver dificuldade em encontrar o último “canyon”.

Quarta-feira, 10 de janeiro/5ª Etapa (San Juan de Marcona/Arequipa) – 932 km (SS: 267 km)

Esta etapa marcará a divisão entre motos/quads e autos/camiões, que terão parte do percurso diferente. As equipas pisarão a areia de Tanaca, tendo que ultrapassar uma seletiva montanha de dunas com cerca de 30 km. A ligação até Aerequipa será longa e são previsíveis atrasos na chegada ao bivouac.

Quinta-feira, 11 de janeiro/6ª Etapa (Arequipa/La Paz) – 758 km (SS: 313 km)

O Dakar troca o Peru pela Bolívia e com a troca vêm novos desafios. O deserto dá lugar à montanha e as pistas tornam-se mais rápidas. A partida para o segundo sector cronometrado far-se-á nas margens do Lago Titicaca e com a entrada no Altiplano boliviano e a navegação a 2500 metros acima do mar aparecem as primeiras dificuldades com a altitude.

Sexta-feira, 12 de janeiro

Jornada de descanso em La Paz.

Sábado, 13 de janeiro/7ª Etapa (La Paz/Uyuni) – 726 km (SS: 425 km)

Cruzando a fronteira e nesta etapa pilotos e navegadores mudam o “chip”, passando a ter que conviver secções diárias mais longas e trilhos de velocidade mais abundantes, com as dunas a desaparecerem da paisagem. Nesta etapa-maratona, terão que gerir o ritmo, pois qualquer passo em falso pode levar ao abandono, uma vez que não haverá assistência no final.

Domingo, 14 de janeiro/8ª Etapa (Uyuni/Tupiza) – 584 km (SS: 498 km)

A segunda parte da etapa-maratona é também a que dispõe da especial cronometrada mais longa de todo o rali. Não fosse isso um desafio já de si complexo e as equipas ainda terão que enfrentar mais um duro teste nas dunas, desta feita, a 3500 metros de altitude. Se há etapa seletiva onde se poderá começar a preconizar o nome do vencedor é esta.

Segunda-feira, 15 de janeiro/9ª Etapa (Tupiza/Salta) – 754 km (SS: 242 km)

A entrada em território argentino será marcada por uma das etapas que terá a média mais alta do rali, apesar de algumas zonas sinuosas. A confiança na navegação, aliada à ausência de erros, deverá dar frutos nesta etapa.

Terça-feira, 16 de janeiro/10ª Etapa (Salta/Belén) – 795 km (SS: 372 km)

As dunas estão de regresso e logo num vasto planalto arenoso desconhecido das equipas, que, durante a etapa e, pela primeira vez, poderão contar com ajuda da assistência, mas sem que o relógio pare! A parte final da etapa mais parecerá um concurso de navegação no cruzamento onde é proibido falhar!

Quarta-feira, 17 de janeiro/11ª Etapa (Belén/Chilecito) – 746 km (SS: 280 km)

Se o calor apertar, tornando a areia mais macia, será certamente uma das etapas mais delicadas da Argentina. Tal como em 2016, os tempos finais da etapa definirão a ordem de partida seguinte dos 25 mais rápidos, combinando motos, carros e camiões.

Quinta-feira, 18 de janeiro/12ª Etapa (Chilecito/San Juan) – 791 km (SS: 522 km)

Numa etapa onde a boa navegação fará a diferença, as equipas terão que estar, mais do que nunca, atentas ao road-book, sem, claro, perderem o foco da rapidez.

Sexta-feira, 19 de janeiro/13ª Etapa (San Juan/Córdoba) – 927 km (SS: 368 km)

As “hostilidades” começam com as dunas de San Juan e não terminam antes de atingirem o famoso “fesh-fesh”. Quem conhecer as pistas argentinas do Mundial de Ralis estará à vontade nalgumas partes, onde haverá mais a perder do que a ganhar.

Sábado, 20 de janeiro/14ª Etapa (Córdoba/Córdoba) – 284 km (SS: 119 km)

A derradeira etapa do Dakar 2018 não será um “passeio no parque”, sobretudo, se se estiver a lutar por uma posição de destaque. Cerca de 30 passagens de ribeiros requererão um elevado e último esforço de concentração que poderá terminar em glória ou em desilusão.

 

 

 

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