Skip to main content

Data: 07/07/2020

A escrivaninha de Fernando Pessoa faz agora parte do espólio do Museu do Pão, bem como uma rara primeira edição da sua obra, “Mensagem”, ambas acessíveis ao público através da sua integração no circuito expositivo permanente do Museu.

As duas peças, assim como um par de óculos que se encontram emprestados à Brasileira do Chiado, foram adquiridas pelo Museu num leilão de bens pertencentes à família do escritor. A apresentação das peças emblemáticas aconteceu hoje, no Museu do Pão, em Seia.

O mais recente projeto de incorporação no espólio do Museu do Pão de uma peça que até aqui pertencia à coleção privada da família de Fernando Pessoa, a escrivaninha onde o poeta se inspirava para escrever as suas obras, contribui para levar a arte a todos, numa iniciativa que não apenas promove a descentralização, levando a cultura ao interior de Portugal, mas também pela relação das obras com os projetos e a narrativa do Museu do Pão, para que cada incorporação seja uma mais-valia e um contributo útil aos visitantes.

No âmbito de uma iniciativa de partilha com a sociedade do seu património artístico e cultural, acreditando que a arte é de todos e tem que chegar a todos, o Museu do Pão apresenta a escrivaninha pessoal de Fernando Pessoa, na qual viveu outras vidas através dos seus heterónimos, e um exemplar da primeira edição da “Mensagem”, num espaço onde estão também expostos objetos artísticos com inspiração no pão, nas suas alfaias, tradições e labores, e que destacam a arte do pão em todo o seu esplendor, numa tradição multissecular.

Através dos seus heterónimos, Fernando Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade, valores igualmente partilhados pelo Museu do Pão na sua relação com a comunidade. Em muitos dos seus poemas, Fernando Pessoa faz referências ao Pão, e esses poemas são justamente destacados na exposição temporária dedicada à poesia.

Para Graça Reis, Diretora do Museu, a escrivaninha de Fernando Pessoa e a primeira edição da “Mensagem” são “peças raríssimas de valor cultural incalculável que valorizam a oferta do Museu do Pão, num compromisso assumido com as pessoas que nos visitam, a quem oferecemos o acesso à arte, divulgando e partilhando parte relevante do património cultural e artístico do mais universal dos poetas portugueses, até aqui perpetuado na estátua da autoria do mestre Lagoa Henriques no café A Brasileira do Chiado, em Lisboa, e agora também no Museu do Pão, em Seia”.

António Quaresma, presidente do grupo O Valor do Tempo, considerou, na apresentação das peças, que “é um grande orgulho para o Museu do Pão termos, a partir de agora, objetos pessoais de um dos maiores poetas portugueses na Serra da Estrela”. “Fernando Pessoa chega agora a todos os portugueses a partir do ponto mais alto de Portugal Continental”, acrescentou.

Presente na apresentação, Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, destacou que esta aquisição do Museu do Pão “é uma homenagem a Portugal”. “É com enorme gratidão que faço o reconhecimento público do muito que este grupo está a fazer pela região. Expor os objetos pessoais de Fernando Pessoa é dizer ao mundo que o Centro de Portugal é um território seguro e acolhedor para quem nos queira visitar e que há vida no Centro para além da pandemia”, sublinhou.

Inicialmente enquadradas na exposição temporária do Museu dedicada à poesia em torno do Pão – Poemas para saborear com prazer, que reúne poemas dedicados ou com referências ao pão de autores nacionais e internacionais – visitável até final de 2020, a escrivaninha de Fernando Pessoa e uma rara primeira edição da obra literária “Mensagem” fazem parte do espólio de exibição permanente do Museu, oferecendo aos portugueses a história da sua poesia e enaltecendo a sua origem e relevância culturais.

Sobre o Turismo Centro de Portugal:
O Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.

Sobre a obra literária “Mensagem”
Publicada um ano antes da morte de Fernando Pessoa (1888-1935) e descrito como um “livro pequeno de poemas”, a obra “Mensagem” é composta por 44 poemas, sendo o mais conhecido deles o “Mar Português”. Esta obra literária valeu ao autor o Prémio Antero de Quental, na categoria de “poema ou poesia solta”, no ano em que foi publicado e retrata o glorioso passado de Portugal tentando encontrar um sentido para a grandeza dos feitos Portugueses da época dos Descobrimentos, glorificando o seu valor simbólico e acreditando que o revivalismo das suas palavras trará à nação a glória de outrora.

Sobre o Museu do Pão
Inaugurado em setembro de 2002, em Seia, na Serra da Estrela, o Museu do Pão é hoje uma das maiores referências da museologia em Portugal e o maior complexo dedicado ao tema em todo o mundo. Oferecendo uma experiência multissensorial através da visita às quatro salas temáticas do museu, um bar-biblioteca, uma mercearia tradicional e um restaurante, o Museu do Pão recolhe continuamente, preserva e exibe objetos e património do pão português nas suas vertentes etnográfica, política, social, histórica, religiosa e artística. Antes da sua primeira década de existência, o Museu do Pão alcançou um milhão de visitantes.
O Museu do Pão é uma marca do Grupo O Valor do Tempo. www.museudopao.pt

Sobre o Grupo O Valor do Tempo
O Grupo O Valor do Tempo foi criado em 1994, em Seia, e a sua primeira expressão pública surgiu em 2002, com a abertura do Museu do Pão. Mais de 25 anos depois da sua fundação, o grupo privilegia uma abordagem económica integrada, assente no valor acrescentado do produto feito à mão, como é o caso das conservas produzidas pela centena de mulheres que trabalham na fábrica da Comur ou pelos pastores do rebanho próprio da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau.
Para garantir a adequada valorização dos produtos portugueses históricos com os quais trabalha, o grupo aposta numa forte proximidade ao consumidor final nos setores do turismo e do lazer, contando com 34 espaços em Portugal, através de nove marcas insígnia: Museu do Pão, Museu da Cerveja, Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, Silva e Feijóo, Casa Pereira da Conceição, Confeitaria Peixinho, Comur (na qual se inserem as submarcas O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa e a Fábrica das Enguias, A Brasileira do Chiado. ) e o Hastens Sleep SPA- CBR Boutique Hotel.
Mantendo o foco na valorização e na perspetiva de longo prazo, o Grupo O Valor do Tempo valoriza oportunidades de investimento e parcerias que partilhem a mesma visão, através de uma interpretação alternativa da economia, que coloque o Homem no centro das suas preocupações e que tenha no conceito de Valor Acrescentado, o seu lema.
www.ovalordotempo.pt