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Enólogo do Ano 2022 para a revista Vinho Grandes Escolhas, Diogo Lopes junta-se a Anselmo Mendes na equipa de enologia da Quinta dos Frades. Aquela que é uma das mais antigas propriedades do Douro dá continuidade ao projeto de marca iniciado em 2008, com uma nova etapa de valorização do extraordinário património de vinhas velhas existente.

Diogo Lopes, um dos enólogos de referência de nova geração em Portugal, prémio Enólogo do Ano 2022 para a revista Vinho Grandes Escolhas, integra, desde o início da vindima de 2023, a equipa de enologia da Quinta dos Frades. O lisboeta de 45 anos, que vem assinando consultorias de sucesso em diversas regiões portuguesas, junta-se ao seu mentor, Anselmo Mendes, na emblemática propriedade de Folgosa do Douro, em Armamar, estando já a coordenar a presente colheita. Com este reforço, a família proprietária da Quinta dos Frades dá continuidade ao projeto de marca iniciado em 2008, quando foram engarrafados os primeiros vinhos DOC Douro, avançando para uma nova fase em que se propõe valorizar, ainda mais, a história e o extraordinário património de vinhas velhas existente.

“Começámos a engarrafar os primeiros vinhos em 2008 e damos agora um novo passo no sentido de potenciarmos os atributos únicos da propriedade, que acumula uma das principais manchas de vinha velha do Douro, em particular 20 hectares de vinha com mais de 100 anos. Além da Quinta dos Frades, temos ainda a Quinta do Castelo, em Santa Marta de Penaguião, onde fazemos a nossa aposta nos vinhos brancos. A chegada de Diogo Lopes, e a sua ligação especial a Anselmo Mendes, permitir-nos-á dar este novo passo, assegurando a resposta que a nossa história e o nosso património de vinha merecem”, afirma Aquiles Ferreira de Brito, administrador da empresa e bisneto de Delfim Ferreira.

Diogo Lopes, formado em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, pós-graduado em Enologia, estagiou em diversas regiões portuguesas e em Napa Valley, na Califórnia. É consultor em projetos no Alentejo, Lisboa, Vinhos Verdes, Açores e no Douro. Na Quinta dos Frades pretende dar espaço à sua vocação de experimentalista, de estudo das castas e das parcelas, em busca das mais puras expressões de terroir. “Estamos perante uma propriedade riquíssima que é, ela própria, parte da história do Douro, com uma enorme extensão de vinha velha, em exposições e altitudes diversas, e com as variedades icónicas da região. Os vinhos da Quinta dos Frades têm uma qualidade enorme e será interessantíssimo identificar e confirmar o potencial de parcelas específicas, que constituem a identidade, a profundidade e a diferenciação sonhada por qualquer projeto”, afirma Diogo Lopes.

A Quinta dos Frades tem cerca de 200 hectares e é uma das mais antigas propriedades durienses. No Séc. XIII foi doada a monges de Ordem de Cister, então amplamente implementada no Douro, integrando o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e ficando desde aí sempre ligada à vinha e ao vinho. Depois da extinção das ordens religiosas, a Quinta dos Frades foi arrematada, em 1841, pelo 1º barão da Folgosa. Em 1941 foi adquirida pelo industrial português Delfim Ferreira, mantendo-se na família até hoje.