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A 37.ª edição da Baja Portalegre 500 foi um desafio duríssimo para o Team Consilcar, com os pilotos da equipa portuguesa a mostrarem resiliência na mais emblemática prova de TT em Portugal. Edgar Condenso e António Serrão foram os mais rápidos no Prólogo na categoria T1, mas diferentes problemas na Ford Ranger condicionaram o resultado. Na sua segunda participação em Portalegre, o jovem Duarte Silva viveu uma experiência importante, com Nuno Silva a seu lado, mas a dupla do Can-Am foi obrigada a abandonar, tal como Januário Barrocas (Honda) na prova das motos.

O fim de semana no Alto Alentejo foi marcado pelas difíceis condições atmosféricas, tal como noutros pontos do país, mas a chuva que caiu na região tornou o percurso da Baja Portalegre 500 ainda mais exigente, com muita lama e um caudal elevado nas várias ribeiras do traçado. Edgar Condenso e António Serrão vinham de um pódio motivador na Baja TT Sharish Gin e começaram a prova da melhor forma, ao serem os mais rápidos do Prólogo na categoria T1, na sexta-feira. No sábado, um tubo do intercooler da Ranger soltou-se e obrigou a equipa a rodar a baixa velocidade para conseguir terminar o Setor Seletivo, além de o limpa para-brisas não funcionar, o que levou a equipa a ficar atascada na transposição de uma ribeira. Com estas condicionantes, a equipa terminou no 6.º lugar entre os T1 do Campeonato de Portugal.

“Só terminar a prova já foi uma vitória e deixo aqui uma palavra para o enorme trabalho do António (Serrão), que detetou o problema do intercooler e depois arranjou as escovas do limpa para-brisas. Sem isso teria sido muito, muito complicado terminar os dois Setores Seletivos de sábado”, afirmou Edgar Condenso. “Foi pena porque começámos bem, com o melhor tempo dos T1 no Prólogo. Mas Portalegre é sempre um momento especial, com a quantidade de pessoas que nos apoiam ao longo de todo o percurso. Nunca baixámos os braços também por eles”, apontou o ex-campeão nacional e ibérico de T2.

Além de navegar Edgar Condenso, António Serrão também foi obrigado a fazer o papel de mecânico em Portalegre. “Foi Portalegre a ser Portalegre. Fiz esta prova pela primeira vez em 2016, com o meu pai, mas acompanho Portalegre como espectador desde miúdo. Estas peripécias e imprevistos fazem mesmo parte da baja, mas realmente custou um pouco porque acabaram por ser pequenos problemas que estragaram por completo a nossa corrida”, analisou António Serrão.

A aprender entre os melhores

Integrado num pelotão fortíssimo de protótipos T3, inclusive com estrelas internacionais como Mattias Ekström, e com as tradicionais dificuldades da Baja Portalegre 500, Duarte Silva já sabia que a experiência no Alto Alentejo seria uma aprendizagem valiosa. O jovem piloto de Lisboa, navegado pelo pai, Nuno Silva, acabou por ter vários problemas logo desde o Prólogo, na transposição de uma ribeira, para depois ser obrigado a desistir no final do Setor Seletivo de sábado de manhã, após uma manga de eixo partida que destruiu a parte da frente do Can-Am, um furo, uma roda que se soltou em andamento e uma correia de transmissão partida!

“Foi incrível a sucessão de azares e peripécias. Queríamos perceber onde estávamos em termos de andamento, mas passámos mais tempo fora do carro em reparações, do que propriamente na pista!”, brincou Duarte Silva, que no ano passado, em Portalegre, se tinha sagrado vice-campeão do troféu Yamaha.

“Nem corremos riscos desnecessários, simplesmente tivemos azar atrás de azar, logo desde o Prólogo”,confirmou Nuno Silva, que ao longo de mais de 20 anos já obteve vários resultados de relevo em Portalegre, como um pódio absoluto no CPTT ou uma vitória nos T2. “No sábado de manhã até estávamos a andar bem, mas de repente a manga de eixo partiu-se e levou parte da frente do carro. São coisas das corridas, principalmente em Portalegre, que é uma sempre caixinha de surpresas. Aconteça o que acontecer, o apoio do público de Portalegre faz-nos sentir especiais”, destacou Nuno Silva.

O Team Consilcar também esteve representado na prova das motos, com Januário Barrocas a participar pela terceira vez em Portalegre, aos comandos de uma Honda. Uma queda no setor seletivo de sexta-feira provocou uma lesão nas costelas, obrigando o piloto do Team Consilcar a desistir. “O meu único objetivo era terminar a prova, mas com tanta lama e o piso traiçoeiro sabemos que estas coisas podem acontecer. Agora é recuperar bem e tentar voltar para o ano”, disse Januário Barrocas.

Depois de Portalegre, a época do Team Consilcar vai terminar com outra famosa prova alentejana, as 24 Horas TT de Fronteira, a realizar de 30 de novembro a 3 de dezembro.

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